D&D 30 Day Challenge - #Dia1

E vamos lá para o nosso desafio de trinta dias do D&D! A pergunta do dia 1 não poderia ser mais adequada a um início...

#Dia 1 - Como você começou?



Era dia 31 de outubro de 2001. Estava quente. O sol brilhava e eu...

Não, brincadeira. Não me lembro de tudo nos mínimos detalhes, mas tenho recordações muito fortes do meu primeiro contato com RPG. Na verdade, tudo começou com a minha irmã mais velha. Ela tinha uma amiga no colégio. Esta amiga, contavam as lendas, tinha ido a São Paulo e jogado "o jogo mais legal do mundo". Lembro da minha irmã dizendo estas exatas palavras. Depois ela me descreveu a coisa toda: "é um jogo onde você pode ser um princesa, um mago, um cavaleiro... o que quiser. E você brinca como se estivesse dentro de uma história. Este jogo se chama... RPG". 

Nossas caras. 
Eu devia ter uns doze, treze anos, ou menos. Lembro que fiquei fascinadíssima. Na mesma época, houve uma proliferação de clínicas oferecendo Reeducação Postural Global (RPG). Eu frequentemente roubava folhetos nos consultórios de fisioterapia apenas para me decepcionar grandemente. Minha alma incauta buscava informações sobre o lendário jogo e só encontrava panfletos com imagens de lombares (lembremo-nos de que a internet não era ainda ferramenta tão acessível). Enfim... 

Finalmente, 2001 chegou. O ano em que fui assistir "A Sociedade do Anel" nos cinemas, depois de já ter lido "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit". Nunca mais fui a mesma/normal, é claro. Atazanava todos ao meu redor falando incansavelmente sobre OSDA, como uma boa adolescente deslumbrada. Nunca tinha lido/visto algo que combinasse tanto com meus gostos; meu filme favorito de infância sempre tinha sido "Willow, na terra da magia", e aquilo era como Willow, mas maior, mais épico, mais cheio de batalhas e elfos e florestas mágicas e aaaaaaah.... 

Eu olhando para a Terra-Média
Daí eu tinha um vizinho um ano mais velho do que eu. Ele vinha me chamar no portão para brincarmos com os colegas da rua (de War, de guerra de Lego, de bets... bons tempos!) e se ele falava de "Evangelion", eu ficava falando de "O Senhor dos Anéis". Até que um dia, casualmente, ele disse... "olha, eu jogo um negócio chamado RPG, eu acho que você vai gostar...".

Dentro da minha cabeça, eu gritava "ENCONTREEEEEI, ENCONTREEEI, ENCONTREEEI O JOGO MAIS LEGAL DO MUNDO!". Mas eu mantive a compostura e aceitei o convite, é claro. No outro final de semana lá estava eu, na casa do dito vizinho. Me deparei com cinco marmanjos desconhecidos e eu era a única menina e a jogadora mais nova. Felizmente, foi uma experiência bem legal e positiva (ainda bem! Nem sempre é assim, e provavelmente nunca mais teria jogado se tivesse sido chato. SEJAM LEGAIS COM INICIANTES, JOGADORES!). Ninguém foi cretino (exceto por um rapaz que era meio cretino naturalmente, mas ele se foi do grupo depois), o mestre era super legal, paciente, ensinava tudo com a maior boa vontade não me admira que eu tenha casado com ele. 

Foi uma partida de D&D mesmo, e acho que da primeira partida ninguém se esquece. Fiz uma elfa guerreira chamada Melwen, e ela foi a óbito já naquele dia, tudo porque o rapaz meio cretino convenceu todo mundo a passar pelo covil de um dragão. Éramos todos meio bobinhos e influenciáveis ainda. Enfim. Mesmo assim, foi divertido... e de lá para cá, nunca mais quis parar de jogar. Já se vão quinze anos e agora eu nem confundo mais d8 com d10. Aliás, que diabos eram aqueles dados? Pareciam gemas mágicas MEUS OLHOS BRILHAVAM!

Foi quando eu descobri que havia outros dados além do de seis faces. 


E vocês, como começaram? Deixem suas experiências nos comentários. Dúvidas, estamos aí. Até amanhã com o #Dia2, leitores lendários!

Comentários

  1. Foi um começo trágico, admito, mas que rendeu ótimas histórias e personagens nos anos seguintes!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, Odin... RIP Melwen. Mas a minha morte de personagem mais trágica foi a da Elora... enfim, vamos deixar esta história para depois.

      Excluir
  2. Oie^^

    Comecei jogando com meu namorado que depois se tornaria meu marido. Jogamos minha irmã, meu cunhado, eu e meu namorado era o mestre. Foi uma partida de AD&D. O grupo era composto por um guerreiro (meu cunhado), uma clériga (minha irmã) e uma ranger (eu). A campanha não durou muito, mas nos divertimos muito, e nos anos seguintes sempre que podíamos jogávamos aventuras curtas em feriados prolongados ou época de festas. Bons tempos!!!

    Beijos da Amanda^^

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que delícia, Amanda! Jogar com namorado, cunhado e irmã! Família que joga unida, permanece unida! Nosso cunhado também joga de vez em quando, e em áureos tempos até a irmã do Matheus nos acompanhou. Joguei AD&D uma vez só, muita gente curte pra caramba o sistema e fala que foi o melhor dentre todas as edições de Dungeons & Dragons.

      Minha segunda personagem foi uma elfa ranger... eita, classe porreta! No dia 3 a gente vai falar sobre classes... :)

      Excluir
  3. Minha primeira partida foi com um grupo de amigos com quem eu treinava karatê, e foi em meados de 1998. Jogamos uma partida de AD&D, e meu primeiro personagem foi um guerreiro chamado Ashram. Como entrei no grupo bem no final da campanha, joguei com ele apenas uma aventura, mas foi divertido.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E lá se vão quase vinte anos! Sorte minha que você começou a jogar :)

      Excluir

Postar um comentário

Olá, comentários são sempre bem vindos! No entanto, postagens com linguajar muito chulo, caráter ofensivo ou preconceituoso (e todas estas coisas que pessoas adultas são plenamente capazes de evitar) serão apagadas. Trolls, só na mesa de jogo. Obrigada :).

Postagens mais visitadas